Sinto uma saudade imensa da sensação de estar apaixonada. De me sentir viva, sentir o coração aos pulos, assim como quando te conheci. Quando me apercebi finalmente do que era estar apaixonada, e estar apaixonada era tão bom! Tão emocionante, tão delicioso e viciante. Ainda tenho a tua foto, a que me mandaste pelo correio. Tenho as tuas cartas, e a tua camisola, aquela a que eu dormia agarrada a sentir o teu cheiro de perfume Suíço. Era doce, e viciante. E os teus lábios... esses sabiam a mel. Eram uma mistura de goma coberta de mel puro. Era doce demais, mas nunca enjoava desse teus carnudos lábios a tocar a minha boca, e a, bem devagar, levar-me ao céu. Amei-te. Essa é a única certeza que tenho. Entreguei-te a minha vida. Sabias de mim mais do que eu própria.
Tudo em ti era razão da minha paixão. Até os teus defeitos eu tornava qualidades na cegueira da minha paixão por ti. Fui louca. Louca de amores por ti. Tão louca que fui capaz de deixar tudo por ti. Não me orgulho disso, nem um pouco. Foi mais um dos erros que cometi por ti. Mas, de certa forma continuo a amar-te. Vivo no pensamento de ter sido a única, talvez por isso pense sempre em ti. 18.
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